Kurth: Eles precisam rapidamente começar a converter seus modelos de negócios, porque não poderão mais ganhar o suficiente se apenas produzirem eletricidade. Os clientes não irão mais querer quilowatts-hora; mas eles precisarão, ao invés disso, de serviços de energia. Eles serão divididos em duas categorias: a chamada taxa fixa e clientes tipo pague-pelo-uso. Você já pode comprar comunicações e entretenimento com uma taxa fixa dos provedores. Porque não suplementar isso com um contrato de fornecimento elétrico. Na China, eles já têm medidores inteligentes para tudo: eletricidade, água e telefones. Essa tendência aparecerá, em breve, na Alemanha. A oportunidade para os fornecedores de energia está em quão bem eles gerenciam os serviços em segundo plano. E no quão bem-sucedidos eles são na vinculação de receitas adicionais. Por exemplo, eles podem identificar a partir da curva de carga, a idade de um refrigerador. Com base nisso, eles poderiam oferecer ao consumidor uma opção de leasing para um novo aparelho. Os clientes pagam em parte, por meio do acesso aos seus dados. Qualquer um que não concorde, pode provavelmente definir um modelo menos transparente. No princípio pague-pelo-uso, os clientes somente pagam pela eletricidade que eles realmente usam. Cada quilowatt-hora é provavelmente menos caro neste caso, mas o cliente pode fornecer menos dados, pois menos dados são suficientes para esse modelo. Os clientes industriais poderiam, praticamente tornar-se invisíveis a pessoas de fora: usando seus próprios sistemas de geração e baterias, eles poderia se auto-suprir e evitar o acesso aos seus próprios dados energéticos. Os serviços de energia poderiam vender ou alugar os sistemas, e assim, oferecer aos clientes industriais um real valor agregado. A digitalização, portanto, oferece uma oportunidade real aos provedores de energia, que são capazes de mudar.